quinta-feira, 5 de junho de 2025

Palestra sobre "Consumo de Álcool" na BE: uma Iniciativa no âmbito de Prova de Aptidão Profissional


No dia 4 de junho, a Biblioteca Escolar acolheu a palestra "Consumo de Álcool", orientada por duas agentes da GNR e parte integrante da componente prática da Prova de Aptidão Profissional (PAP) da aluna Lara Sousa, do 12.º TAS.

Assistiram à palestra, rica em momentos de interação com os jovens presentes, as turmas ADM e CSD do 11.º ano e a turma E do 12.º ano. 


Partilhamos a síntese da interessantíssima palestra, elaborada pela Lara Sousa, responsável pela organização da iniciativa:

"As agentes iniciaram a sessão referindo que “o consumo de álcool tem vindo a aumentar entre os jovens”, destacando que, muitas vezes, o incentivo ao consumo começa no ambiente familiar, em determinados contextos sociais.

Por outro lado, foi salientado que os meios de comunicação, através do marketing, promovem uma imagem do consumo de álcool associada a rostos bonitos e saudáveis, minimizando os verdadeiros efeitos nocivos da substância. As oradoras sugeriram, ainda, que os rótulos das garrafas de bebidas alcoólicas deveriam conter avisos explícitos, semelhantes aos presentes nos maços de tabaco, reconhecendo o álcool como a droga que é.

O foco principal da palestra centrou-se na relação entre os jovens e a cultura do consumo de álcool. Durante a sessão, foram exibidas reportagens da SIC que retratam a euforia e os comportamentos extremos que muitos jovens adotam para atingirem estados de embriaguez rápida e intensa. Uma das práticas descritas envolvia a absorção de álcool através de algodão embebido em bebidas alcoólicas, introduzido no ânus ou na vagina, com o objetivo de acelerar e intensificar os efeitos.

Num dos vídeos apresentados, foram revelados dados alarmantes: cerca de 25% das crianças com 11 anos já experimentaram bebidas alcoólicas, sendo que 9,5% dessas já se embriagaram. A faixa etária entre os 12 e os 13 anos revelou ser a mais representativa, com 41,9% a reportarem experiências com álcool, enquanto os jovens com mais de 14 anos representam 31,7% dos casos.

As oradoras explicaram ainda que o fígado converte normalmente o álcool em acetaldeído e, posteriormente, em acetato. Contudo, perante taxas elevadas de alcoolemia (TAS), o fígado acumula acetaldeído — uma substância tóxica que provoca danos a vários níveis no organismo.

Além dos efeitos nocivos sobre o fígado e o sistema nervoso central (SNC), foram apontadas várias consequências do consumo excessivo de álcool, como problemas intestinais, enfraquecimento do sistema imunitário e o aumento do risco de certos tipos de cancro, como o da mama, esófago e pulmão, devido à ação tóxica do acetaldeído sobre o DNA.

Foi também apresentada a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classifica o álcool como “tão cancerígeno como o tabaco”.

Durante a sessão, os participantes foram alertados para os principais sinais que podem indicar dependência alcoólica em amigos ou familiares. Estes sinais incluem: dificuldades de memória, problemas académicos e comportamentais, tendência ao isolamento, agressividade, perda de interesse por atividades de lazer, presença de bebidas entre os pertences, sinais físicos evidentes de consumo, dificuldades de coordenação, sono irregular e oscilações de humor.

Por fim, foram apresentados os valores legais de alcoolemia e os efeitos associados a cada nível de TAS, bem como as respetivas consequências legais e para a saúde.

A sessão terminou com uma frase de forte impacto: “A decisão de quem o leva a casa é sua.”

As opções são: táxi, polícia, ambulância ou carro fúnebre.

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