Convidamos a Comunidade Escolar a visitara exposição "Mapas das regiões de Portugal: mal se governa o país que se não conhece”, patente na Biblioteca Escolar até ao dia 25 de janeiro.
"Um espaço pode
ser dividido de acordo com diferentes critérios, assim surgindo diferentes
tipos de regiões: geográficas, económicas, políticas, administrativas,
agrícolas, históricas, militares, etc., não sendo os seus limites coincidentes,
nem tão pouco, imutáveis. Ainda que a delimitação ou divisão
regional/provincial seja um tema que sempre interessou à Geografia, ele não é
exclusivo dos geógrafos.
Com o passar do
tempo, estas divisões regionais podem sofrer alterações nos seus limites,
(re)ajustes mais ou menos profundos nas suas configurações, mantendo ou não as
mesmas designações.
Aquilo que se
propõe dar a conhecer nesta exposição que se intitula Mapas das regiões de
Portugal: mal se governa o país que se não conhece …, são as perspetivas
regionais/provinciais do nosso País, a partir de uma seleção de mapas que, ao
longo do tempo, serviram de ilustração às descrições coro-geográficas, ou de
suporte às decisões político-jurídico-administrativas e militares.
Muitos dos documentos
cartográficos aqui reunidos foram elaborados por militares e destinados a fins
militares, quase sempre relacionados com necessidades de defesa ou de reformas
territoriais e administrativas. Contudo, como frequentemente sucede, os mapas,
prestam-se a vários usos, muitos dos quais, substancialmente diferentes
daqueles para os quais foram, originalmente, concebidos.
Optou-se por organizar esta mostra nas seis tradicionais (ou históricas) províncias portuguesas, a saber:
Optou-se por organizar esta mostra nas seis tradicionais (ou históricas) províncias portuguesas, a saber:
Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira, Estremadura,
Alentejo e Algarve, as quais se complementam com os territórios dos
arquipélagos dos Açores e da Madeira, justamente porque, entre os séculos XVII
e XIX, esta divisão regional era, simultaneamente, a divisão coro-geográfica e
militar.
Esta organização permite
reconstituir as principais etapas da História da Cartografia regional
portuguesa - contextualizada pelos principais acontecimentos políticos,
sociais, diplomáticos, militares e científicos - e aferir a evolução das
técnicas cartográficas, bem como o contributo dado pelas várias instituições
portuguesas, em especial o Exército, para o (re)conhecimento cartográfico de
Portugal, até porque “mal se governa o país que se não conhece”.
Luís Miguel Moreira
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