sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

"Mapas das regiões de Portugal: mal se governa o país que se não conhece”

 



Convidamos a Comunidade Escolar a visitara exposição "Mapas das regiões de Portugal: mal se governa o país que se não conhece”patente na Biblioteca Escolar até ao dia 25 de janeiro. 

"Um espaço pode ser dividido de acordo com diferentes critérios, assim surgindo diferentes tipos de regiões: geográficas, económicas, políticas, administrativas, agrícolas, históricas, militares, etc., não sendo os seus limites coincidentes, nem tão pouco, imutáveis. Ainda que a delimitação ou divisão regional/provincial seja um tema que sempre interessou à Geografia, ele não é exclusivo dos geógrafos.
Com o passar do tempo, estas divisões regionais podem sofrer alterações nos seus limites, (re)ajustes mais ou menos profundos nas suas configurações, mantendo ou não as mesmas designações.
Aquilo que se propõe dar a conhecer nesta exposição que se intitula Mapas das regiões de Portugal: mal se governa o país que se não conhece …, são as perspetivas regionais/provinciais do nosso País, a partir de uma seleção de mapas que, ao longo do tempo, serviram de ilustração às descrições coro-geográficas, ou de suporte às decisões político-jurídico-administrativas e militares.
Muitos dos documentos cartográficos aqui reunidos foram elaborados por militares e destinados a fins militares, quase sempre relacionados com necessidades de defesa ou de reformas territoriais e administrativas. Contudo, como frequentemente sucede, os mapas, prestam-se a vários usos, muitos dos quais, substancialmente diferentes daqueles para os quais foram, originalmente, concebidos.
Optou-se por organizar esta mostra nas seis tradicionais (ou históricas) províncias portuguesas, a saber: 
Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira, Estremadura, Alentejo e Algarve, as quais se complementam com os territórios dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, justamente porque, entre os séculos XVII e XIX, esta divisão regional era, simultaneamente, a divisão coro-geográfica e militar.
Esta organização permite reconstituir as principais etapas da História da Cartografia regional portuguesa - contextualizada pelos principais acontecimentos políticos, sociais, diplomáticos, militares e científicos - e aferir a evolução das técnicas cartográficas, bem como o contributo dado pelas várias instituições portuguesas, em especial o Exército, para o (re)conhecimento cartográfico de Portugal, até porque “mal se governa o país que se não conhece”.

Luís Miguel Moreira 


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